Seguidores

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

COMEÇOU A GUERRA DAS PESQUISAS




Por Zacarias Martins




Não. Ainda não começou o pleito eleitoral deste ano. Mas parece que se esqueceram de avisar sobre isso aos políticos candidatáveis.

Pela imprensa, tem até político que jura não ser candidato, mas na prática, age como se o fosse, principalmente se estiver na disputa o cargo para prefeito.

E é nesse universo que aflora, com destaque, a cultura da pesquisa eleitoral.

Percebe-se que nunca na história de Gurupi, foram e estão sendo realizadas tantas pesquisas eleitorais, em tão pouco tempo e com tamanha generosidade na divulgação de seus resultados como agora.

Também florescem com certa abundância os institutos de pesquisas. Tem instituto para todos os gostos e gastos. A clientela desses institutos, claro, é formada por políticos.

Graças a divulgação proposital do resultado de determinadas “pesquisas eleitorais”, tem político que nem é prefeiturável, mas surge como mais uma “opção” do eleitorado.




Na verdade, essas "pesquisas", quando divulgadas, servem para confundir ainda mais a cabeça do eleitor, principalmente, a do indeciso, ávido para encontrar um norte para sua importante decisão nas urnas.




Também merece certa reflexão a atitude de muitos candidatos que, ao aparecerem liderando essas mesmas “pesquisas” de intenção de voto, chegam a elogiar tais resultados, porém, quando ocorre o inverso, ou seja, quando seu principal adversário está na frente, tratam logo de colocar em dúvida a lisura dos resultados e, não raro, dos próprios institutos.




Diante da confusão generalizada que se instaurou por conta da crescente onda da indústria das pesquisas eleitorais, aliada a tentativa de se querer massificar a divulgação de seus resultados, não é errada a tese de que muito eleitor, ao ser entrevistado por tais institutos, pode muito bem afirmar ser indeciso, quando, na verdade, está apenas sendo cauteloso para, entre outros fatores, não compactuar com aquilo que não concorda (e até condena) na política.




Se essa é a nossa realidade agora, imagine só, quando começar oficialmente campanha eleitoral?






Nenhum comentário: