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sábado, 26 de abril de 2008

OS CAMINHOS TORTUOSOS DA POLÍTICA



Por João Gomes da Silva
O termo política vem da composição de duas palavras gregas (pólis+ éthikos). Pólis é a Cidade Estado, e éthikos é a forma justa e coerente de governar a pólis.
A política como ciência tem sua importância no processo de formação do poder governante. Isso se constitui em necessidade natural, pois na própria natureza humana está presente essa carência de governo, sem o qual a sociedade fica anarquizada, com o caminho aberto para o caos. Aristóteles já afirmava que o homem é um animal político e, como tal, jamais poderá prescindir dessa ciência, porque é ela que nos coloca no caminho da organização, da ordem e da justiça social, sem as quais muitas nações já desapareceram completamente do cenário histórico.
No decorrer da história o homem tem procurado se organizar por meio de regimes políticos diversos, ora pelo sistema monárquico, socialista, democrático e até teocrático no qual está o cetro da religião, mas todos eles se apresentaram falhos nas suas funções de governar para o bem comum. Essas falhas ocorrem nem tanto pelo regime em si, mas por causa dos que foram constituídos pelo povo para organizar e governar bem. Entretanto, pensar no bem comum é raridade.
Esse sentimento encontra lugar em poucos corações e por causa disso os homens quando no poder, com raríssimas exceções, suga dele (o poder) tudo que podem em benefício próprio. Isso é fato e a história tem testemunhado as grandes mazelas da maioria dos que chegam lá. O povo precisa reagir a isso, tomar cuidado com os discursos floridos de falsas promessas, as visitações só em tempo de eleições, os abraços e beijinhos, e a tudo que se apresentar como forma de conseguir votos.
Curiosamente, a grande maioria dos políticos se empenha mais em mostrar serviço em ano eleitoral. É nessa época que as máquinas roncam na recuperação de ruas, tapando buracos e construindo obras e mais obras. Eventos sociais com balões, pipocas e muitas brincadeiras para a criançada começam a acontecer.
Já foi dito: "faça bem aos filhos, e os pais virão a nós" . E vem mesmo! Porque estão aculturados à receber a balinha açucarada do momento e, depois, ingerir o fel dos anos intermináveis e insuportáveis da roubalheira e do descaso para com o povo.
Bem dizia Maqiavel em seus discursos: matem os filhos de Brutus, senão eles se multiplicarão e vos matarão depois. É hora do povo se acordar e expulsar do poder essas raposas que lá estão aguardando apenas as uvas maduras dos jardins palacianos, e não permitir que outras de caráter igualmente duvidosos ocupem essas cadeiras.
É o povo que tem o poder de mandar sentar e mandar levantar do trono seus representantes políticos. Por esse motivo deve selecionar de forma mais criteriosa os seus representantes, olhando não o dinheiro que eles têm ou deixam de ter, mas, sobretudo o caráter e a história de vida de cada um, e só depois votar.
Quem na vida privada ou particular é caloteiro, prostituto, mentiroso, beberrão, infiel nos compromissos sejam eles do tamanho que for, será muito mais na vida pública, porque terá mais poder em suas mãos e administrará o dinheiro dos outros, ou seja, do povo. Tamém não podemos nos esquecer de outros previlégios que os políticos com mandato têm, com a certeza da imunidade para fazer praticamente tudo que é imoral, porém, legal, desfrutando das benesses das leis por eles mesmos criadas, com o fim exclusivo de protegê-los.
Ética é uma virtude que se traz de berço e não se aprende nos bancos de escola por mais que a ensinem. Quem não ético na vida privada, certamente que não o será na vida pública.
João Gomes da Silva é escritor, teólogo, conferencista e orador oficial da Academia Gurupiense de Letras. E-mail: revjoaogomes@gmail.com

segunda-feira, 21 de abril de 2008

ESTRÉIA NA RÁDIO GURUPI FM O INFORMATIVO RURAL

Os jornalistas Maurício Fenelon e Coca Múcio comandam o programa



Sábado passado foi a estréia do programa Informativo Rural, na Rádio Gurupi FM, apresentado pelos jornalistas Mauricio Fenelon e Coca Múcio.
O programa irá ao ar todos os sábados das 7 as 8 da manhã trazendo um jornalismo descontraido e direcionado para o público rural.
De acordo com Maurício Fenelon, o programa apresenta vários blocos diferenciados como previsão do tempo, cotações de produtos agropecuários, receita da fazenda, entre outros.
Já Coca Múcio, ressalta que tambem faz parte da programação as entrevistas com profissionais do ramo agropecuário trazendo informaçoes e orientações para os ouvintes da 95,9.
Mauricio Fenelon lembra que o programa foi criado em 2002 e foi apresentado por aproximadamente 5 anos na Rádio Tocantins FM. "Depois de um espaço de quase dois anos, atendendo aos pedidos dos ouvintes, o programa volta ao ar agora pela Rádio Gurupi FM e pode ser ouvido também, pela internet, por meio do site, http://www.gurupifm.com.br/", concluiu.
(Zacarias Martins)

domingo, 20 de abril de 2008

NOITE DE AUTÓGRAFOS PARA A LITERATURA DE CORDEL EM GURUPI



"O Valente Mercador", "Serjão Cachoeira – O Herói de Santo Reis" e "O Empregado e o Salário", são os títulos dos livros de literatura de cordel que o poeta popular J. Ribamar dos Santos estará lançando em noite de autógrafos no próximo sábado, 26, a partir das 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha, com direito a recital de poesias e apresentação da Banda de Música Municipal Ciney Santos Miranda. O evento é uma iniciativa da AGL - Academia Gurupiense de Letras, com o apóio da Fundação Cultural de Gurupi.


PERIL DO AUTOR
Tocantinense de Dueré, J. Ribamar dos Santos há muitos anos reside em Gurupi. É titular da Academia Gurupiense de Letras, onde ocupa a Cadeira de nº 01. Sua estréia oficial no mundo das letras aconteceu em meados de 1998, quando teve trabalhos publicados no "Anuário de Poetas e Escritores de Gurupi". Também participou do Anuário nas edições de 1999, 2000 e 2004. Seu primeiro livro individual "A Rosa de Ouro & Outros Poemas" , foi publicado em 2003. Nesse mesmo ano integrou as antologias "Anuário de Escritores", "Talentos de um novo tempo" e "Diário do Escritor". Participou, ainda, das antologias literárias "Palavras de Amor" e "Prêmio Anchieta de Poesia", ambas em 2000. Já em 2001, participou da antologia "E por falar em amor...". Em 2002, foi alvo de substanciosa matéria publicada na revista " Almanaque Cultural do Tocantins", órgão de divulgação da Fundação Cultural do Tocantins. Em 2004, teve trabalhos publicados na antologia "Além das Palavras" e publicou o seu segundo livro individual de poemas, intitulado "Alma de Penas". Em 2006 marcou presença na antologia " Amar é tão bom" e conquistou menção honrosa no IX Prêmio Missões, do Rio Grande do Sul, tendo participado de uma antologia reunindo os trabalhos que mais se destacaram nesse prêmio. Em 2007, Com o poema "Soneto da ilusão", participou da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos – Volume 31, lançada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE), do Rio de Janeiro.


SOBRE A LITERATURA DE CORDEL
De acordo com informações da Academia brasileira de Literatura de Cordel, na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a literatura de cordel recebeu os nomes de "pliegos sueltos" (Espanha) e "folhas soltas" ou "volantes" (Portugal). Florescente, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão esta maravilhosa manifestação da inteligência brasileira merecerá no futuro, um estudo mais profundo e criterioso de suas peculiaridades particulares.


De Portugal, a literatura de cordel chegou ao Brasil no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste. A pergunta que mais inquieta e intriga os nossos pesquisadores é "Por que exatamente no nordeste?". A resposta não está distante do raciocínio livre nem dos domínios da razão. Como é sabido, a primeira capital da nação foi Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas, permanecendo assim até 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.

Na indagação dos pesquisadores, no entanto há lógica, porque os poetas de bancada ou de gabinete, como ficaram conhecidos os autores da literatura de cordel, demoraram a emergir do seio bom da terra natal. Mais tarde, por volta de 1750 é que apareceram os primeiros vates da literatura de cordel oral. Engatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, a literatura de cordel recebeu o batismo de poesia popular. Foram esses bardos do improviso os precursores da literatura de cordel escrita.